Belo Horizonte, 25 de novembro de 2017

Repousar no seio do Pai
Espiritualidade e devoção de Paulo da Cruz
no menino Jesus dormindo sobre a cruz

A imagem de Jesus menino na cruz é anterior a Paulo da Cruz. A tradição iconográfica oriental e ocidental muitas vezes ligou intimamente o nascimento de Jesus com sua morte redentora. Assim, é bastante frequente encontrar na iconografia sagrada, até a Idade Média, a representação do Menino Jesus que brinca com os instrumentos da Paixão ou, mais comumente, dormindo na cruz.

cc29-1.JPG“Jesus menino adormecido sobre a cruz” do pintor italiano Guido Reni (ao lado). Característica é a imagem do menino Jesus, dormindo na Cruz do G. Reni (1575-1642), com a coroa de espinhos e os pregos da crucificação ao lado. A pintura é uma clara referência ao amor divino, inspirada muito provavelmente em um passo do Cântico dos Cânticos: “Eu durmo, mas meu coração vigia... minha cabeça está cheia de orvalho e meus cabelos, do sereno da noite” (5,2).

De fato, na pintura do Reni, o Menino aparece suavemente sonolento, enquanto uma ligeira brisa parece tocar os seus cabelos e nem sequer os símbolos da Paixão parecem perturbar seu sono.

Jesus adormecido sobre a cruz é um símbolo da Paixão, e a coroa de espinhos e os pregos enfatizam esse aspecto, mas, ao mesmo tempo, o Menino é imerso em uma paisagem plácida de sublime beleza, como se fosse uma simples criança descansando em um lugar sereno.

A pintura parece evocar as palavras de Santo Afonso Maria de Liguori:

“Dormia o Santo Menino, mas enquanto dormia, pensava em todas as dores que ele sofreria por nosso amor ao longo de sua vida e na sua morte”. “Pensava [...] e, enquanto dormia, tudo Jesus oferecia ao Eterno Pai para pedir por nós o perdão e a paz. Assim, o nosso Salvador, dormindo, estava merecendo para nós e apaziguando seu Pai, e obtinha graças por nós”. [1]

Significado teológico

cc29-2.JPGO significado teológico é claro: Jesus é o cordeiro que é sacrificado, mesmo que seja sem culpa. Para a teologia daquele tempo, a visão de um menino no lugar do adulto fortalecia o conceito de sacrifício na pureza e piedade.

“O Natal já é o primeiro fruto do «sacramentum-mysterium paschale», ou seja, o princípio do mistério central da salvação que culmina na paixão, morte e ressurreição, porque Jesus dá início à oferenda de si mesmo por amor, desde o primeiro instante da sua existência humana, no seio da Virgem Maria.

Por conseguinte, a noite de Natal está profundamente vinculada à grande vigília da noite da Páscoa, quando a redenção se realiza no sacrifício glorioso do Senhor morto e ressuscitado. O próprio presépio, como imagem da Encarnação do Verbo, à luz da narração evangélica, já alude à Páscoa, e é interessante ver como em alguns ícones da Natividade, na tradição oriental, o Menino Jesus é representado envolto em faixas e colocado numa manjedoura que tem a forma de um sepulcro; uma alusão ao momento em que Ele será deposto da cruz, envolvido num lençol e depositado num sepulcro escavado na rocha (cf. Lc 2, 7; e 23, 53)”.

cc29-3.JPG“Encarnação e Páscoa não se encontram uma ao lado da outra, mas constituem os dois pontos-chave inseparáveis da única fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus Encarnado e Redentor. Cruz e Ressurreição pressupõem a Encarnação.

Só porque verdadeiramente o Filho, e nele o próprio Deus, «desceu» e «se fez carne», a morte e a ressurreição de Jesus constituem acontecimentos que nos são contemporâneos e nos dizem respeito, nos arrebatam da morte e nos abrem para um futuro em que esta «carne», a existência terrena e transitória, entrará na eternidade de Deus. Nesta perspectiva unitária do Mistério de Cristo, a visita ao presépio orienta para a visita à Eucaristia, onde está presente de modo real o Cristo crucificado e ressuscitado, o Cristo vivo”. [2]

O Menino Jesus dormindo sobre a cruz, de Paulo da Cruz (ao lado). No seu quarto da casa dos “Santi Giovanni e Paolo”, em Roma, no lado direito da cama, o nosso Santo Fundador “tinha um quadro ‘largo cerca de dois palmos’ [3] representando o Menino Jesus que dorme sobre a cruz” [4], cercado pelos instrumentos da Paixão.[5]

cc29-4.JPGNos séculos XVII e XVIII (o século de Paulo), não era mais comum a devoção ao Menino Jesus deitado na cruz. [6] Como é, então, que Paulo tinha esse quadro?

O nosso Fundador, na direção espiritual e nas cartas falava e orientava as pessoas a meditar e viver a íntima conexão entre a Encarnação e a Paixão de Jesus. Uma sua ‘filha’ espiritual, a monja Rosa Maria Tereza do Redentor Crucifixo [7], do Carmelo de Vetralla (VT), assimilou tão bem o pensamento de Paulo que pensou em torná-lo visível na pintura. [8] Na primavera do ano 1758, ela doou o quadro a Paulo, que o recebeu com ‘íntimo prazer’, vendo que a religiosa tinha interpretado muito bem o pensamento e a espiritualidade dele: a Paixão inicia com a Encarnação.

Paulo apreciou tanto o quadro que o manteve no seu quarto e promoveu a propagação e a devoção. Agradecendo à monja escreve: “Gostei muito, no Senhor, a caridade que V.R. me fez do devoto e lindíssimo Menino, e gostaria de aproveitar dos símbolos com os quais você o adornou. Realmente, para descansar e dormir na cruz, da maneira que você representou, é necessário ser menino de inocência, de simplicidade, de aniquilação, de uma verdadeira morte mística a tudo que não é de Deus, com total abandono e resignação perfeita no seio mais amado do Sumo Bem”. [9]

O Menino Jesus dormindo na cruz
Símbolo de paz e aceitação, repousar na vontade do Pai

O menino Jesus não está deitado no berço, mas na cruz! O que isso podia significar para o nosso Fundador? A imagem, usada na Idade Media, mas incomum na época de Paulo da Cruz, nos convida a descobrir as riquezas do seu significado espiritual. [10]

Como a imagem ‘nasceu’ do coração de Paulo da Cruz, é ele mesmo que nos ajuda a descobrir o significado. Paulo, dois anos após que recebeu o quadro do Menino Jesus ‘descansando’ sobre a cruz, deu-o a uma mulher que ele guiava espiritualmente e que sofria de uma doença grave, dizendo: “contemplando o Menino Jesus dormindo na cruz, você deve aprender a dormir interiormente na cruz do sofrimento com doce silêncio, na fé e na perseverante paciência”.

Paulo procura ajudá-la a transformar sua condição de doença em graça, e a encoraja a aceitar a cruz da enfermidade, de modo que o sofrimento, motivo de terrível desconforto e crise, se tornasse uma ferramenta de autoconhecimento e de amadurecimento humano e espiritual. [11]

O Menino Jesus repousando na cruz, para o nosso Fundador, era um convite a aceitar a vontade de Deus, a ‘repousar’ em Deus [12], a querer o que Deus quer, a imitar a confiança de Jesus no Pai:

«Eu não estou só. O Pai está sempre comigo» (Jo 16,32).
«Pai, não seja feita a minha vontade, mas a tua!» (Lc 22,42).
«Será que não vou beber o cálice que o Pai me deu?» (Jo 18,11).

No Natal de 1761, Paulo escreve a Ir. Maria Ângela Cencelli do Carmelo de Vetralla, dizendo: “Queria que V.R. celebrasse o santo Natal na pobre estala do seu coração, onde nascerá espiritualmente o doce Jesus. Apresente esta pobre estala a Maria santíssima e a São José, para que a adornem de virtude, para que o doce Menino se sinta bem. Alguns anos atrás - nem quatro - eu tive um lindo Menino pintado sobre um ‘papel de Germânia’,[13] que dormia tranquilamente sobre uma cruz. Oh, quanto eu gostava daquele símbolo! Eu o dei a uma pessoa crucificada [...]. Eu queria, assim como desejo para você, que aquela alma fosse criança por pureza e simplicidade, e que dormisse sobre a Cruz do amável Jesus. Então, você no santo Natal, que terá o Menino no seu coração, totalmente transformada pelo amor, durma com Ele no berço da Cruz, e a divina canção que cantará Maria santíssima, você se adormecerá com o divino Menino, uniformando seu coração ao dele. A canção de Maria santíssima será:

« Fiat voluntas tua sicut in coelo et in terra!».
A outra estrofe será:
«Operar, sofrer e silenciar!».
A terceira estrofe será:
«Não se justifica, não reclame, não se ressinta»!

“O que você acha, irmã Ângela Maria Madalena, desta música? Aprenda-a bem, cante-a bem, dormindo sobre a Cruz e pratique-a com fidelidade; que eu lhe asseguro você se tornará santa”. [14]

‘Dormir na cruz’, para o nosso Fundador, é viver tranquilo em Deus pai como uma criança no colo da mãe. [15] Quem confia no amor do Pai, mesmo diante das cruzes e das dificuldades da vida cotidiana, alcança uma tranquilidade interior ‘repousando’ na vontade de Deus, mesmo quando está distendido na cruz. [16]

A imagem de Jesus ‘descansando’ na vontade do Pai é um excelente símbolo para a oração de confiança e de santo abandono em Deus quando enfrentamos os desafios da vida.

“Genial a associação da infância do Redentor ao mistério de sua Paixão na nota imagem onde Jesus dorme tranquilo e beato, não nos braços da Virgem ou no berço, mas sobre a cruz. Frente a Ele, espalhados pelo chão, se veem os pregos e a coroa de espinhos. Mergulhado no sono, Ele parece ignaro de que o espera; mas, dormindo, vigia como se lê ao longo do eixo vertical da cruz: ‘Ego dormio, sed cor meum vigilat’ (Eu durmo, mas meu coração vigia)”.

“Então, é um sono que é símbolo de simplicidade e de paz, de confiança e de abandono. O Menino dorme, mesmo sabendo os decretos do Pai e o mau horrendo que o pecado fará à sua alma e à sua carne: a amorosa e dolorosa infância do ‘doce Jesus’, esta imagem que tornava terno Paulo, iluminando-o sobre a atitude das almas, imersas nas dolorosas noites de sentido e do espírito. «Para
descansar e dormir sobre a cruz da maneira como você representou, convém ser menino de inocência, de simplicidade, de aniquilação, de uma verdadeira morte mística para tudo o que não é de Deus... », escreve à mulher a quem deu o quadro. Daí segue, por associação, o conceito semelhante de infância espiritual, a que Paulo alcança, antecipando - pelo menos em alguns aspectos - a genial mensagem de Teresa de Lisieux”. [17]

A partir da bela e profunda espiritualidade do nosso Fundador, nós passionistas deveríamos difundir a devoção ao Menino Jesus deitado na Cruz. Qual presente mais bonito e significativo para uma pessoa que está passando por uma doença e precisa de força e inspiração espiritual?

A pessoa, na cruz do sofrimento, lembrando a bondade do Pai, é levada a fazer do seu sofrimento uma oferenda a Deus pela humanidade e repetir, com Jesus: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua!” (Lc 22,42).

Encarnação e Paixão em Paulo da Cruz

Paulo tinha devoção ao Menino Jesus. Ainda criança, retirava-se num quartinho livre onde tinha arrumado um altarzinho com um Menino Jesus de cera, diante do qual, com o irmão João Batista, sem os pais perceberem, ia também de noite para rezar e fazer penitencia. [18]

Paulo da Cruz vê a vida inteira de Cristo, do berço ao Calvário, à luz da Paixão. [19] O mistério do Verbo Encarnado ilumina-se no mistério da Paixão. Para ele, o Natal é, ao mesmo tempo, o histórico da Encarnação, celebrado como o supremo prodígio do amor de Deus, e o da noite de Belém, que lhe lembra um Menino deitado sobre uma cruz: nEle Paulo contempla o Verbo que nasce sem algum conforto, na atitude da vítima destinada à morte. [20]

Podemos imaginar que a Paulo lhe vinham à mente as palavras do antigo hino das Vésperas do Advento: «Ad crucem e Virginis sacrario intacta prodis victima» (Do seio da Virgem, como uma vítima inocente, caminhas até a cruz)!

A Paixão meditada no Menino Jesus torna Paulo terno e agradecido; a descida do Verbo eterno do seio do Pai para se tornar criança e homem o eleva suavemente, acendendo-o de ardente caridade.

Sentimentos que ele expressa já no Diário durante os dias do Natal, [21] quando sua alma, tocada pela liturgia, transborda em doces efusões de ternura e amor. Contemplando o amor infinito do Verbo eterno, seu espírito para e se surpreende diante do rebaixamento sem comparação de Jesus e do desconforto no seu nascimento: “Na noite santíssima fui lembrando-me, com muita ternura, do amor infinito do nosso amado Deus em se tornar homem, e nascer com tal desconforto e tanta pobreza; e depois eu repousava assim no meu Deus”. [22]

Suas Cartas escritas no período de Natal mostram como ele sentia e vivia o mistério da Encarnação. Os elementos que mais o atraem e sobre os quais medita longamente são a humilhação do Verbo e os sofrimentos de Jesus ainda menino, e dizia: “Ai de mim, se diante de tanta luz, de tanto fogo de amor, eu não me consumar de santo amor, e, em vez disso, permanecer morno e frio como antes”. [23]

A uma monja de clausura, em dezembro de 1774, escreve: “O Senhor lhe dê duplicadas felicidades e a deixo no seio imaculado de Maria santíssima e no presépio aos pés do Menino Jesus”. [24]

Sublimes são as felicitações natalícias de 1761 para a Sra. Maria Giovanna Venturi de Orbetello: [25] “Que seu coração seja o berço do doce Menino e que nele, Ele nasça misticamente; o que acontecerá se você for fiel, como espero, em se manter oculta e escondida na solidão de seu interior, dormindo com o Menino sobre a Cruz e fazendo morrer as aflições no fogo da caridade divina com verdadeiro silencioso e total abandono na santíssima vontade de Deus”. [26]

E no Natal de 1763, Paulo escreve: “Que o Menino Jesus possa renascer espiritualmente em seu coração, para que seu espírito renasça em Deus a uma vida santa e cheia de virtudes, para ser uma fiel imitadora do Menino Jesus e de sua Mãe Maria”. [27]

“Fazer nascer em si o celeste Menino queria dizer - segundo Paulo - se tornar pequenos, pobres e nus, simples e humildes como Ele; dispor-se, então, a ser recebidos no seio do Pai, perder-se nos braços de seu amor infinito”. [28]

Paulo queria que seus Religiosos, “considerando o excesso da infinita caridade que nos mostrou o eterno divino Pai ao nos dar o seu Filho Unigênito e o amor do mesmo Filho em tomar carne humana e se sujeitar a tantos desastres e sofrimentos para liberar-nos, covardíssimas criaturas, [...], se inflamassem sempre mais no santo amor de Deus e renascessem para uma vida toda santa e deificada”. [29]

Pe. Giovanni Cipriani
Superior provincial

 

1. Meditazione sesta. Di Gesù, che dorme in Novene ed altre meditazioni per alcuni tempi e giorni particolari dell’anno del Beato Alfonso Maria De Liguori, Torino, Presso Giacinto Marietti stampatore-libraio, 1826, pp. 139-140.
2. Papa BENTO XVI, Audiência geral, Sala Paulo VI, Quarta-feira, 5 de janeiro de 2011.
3. O ‘palmo’ era uma antiga medida de superfície. Em várias regiões italianas, havia valores interpretáveis como a distância entre as pontas do polegar e o dedo mindinho da mão aberta de um adulto. Em Nápoles era cerca de 26,45 cm, em Florença era 29,15 cm., em Veneza era de 37,74 cm.
4. P. Giuseppe di S. M., POR 1437v (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. II, p. 1330).
5. O quadro original hoje se encontra no arquivo da casa passionista da ‘Scala Santa’ em Roma.
6. Após a Idade Média, a iconografia sagrada deixou o nu. As pinturas sagradas de corpos nus ou seminus criavam sérios problemas nos conventos femininos, ao ponto de as abadessas, os confessores e diretores espirituais, decidirem solicitar, desde o século XVI, a produção de obras devocionais, desprovidas de imagens que pudessem perturbar o já precário equilíbrio de tantas mulheres jovens, muitas das quais sujeitas ao monaquismo forçado e, portanto, particularmente expostas às tentações do mundo.
‘Monaquismo forçado’ porque, na Idade Média, nas famílias nobres, para que a herança não fosse dividida (o que ia reduzir o poder social e até político das famílias), era costume deixar a herança ao primogênito e ‘induzir’ os outros filhos e filhas a entrarem nos conventos e mosteiros. Por isso nos conventos se encontravam pessoas sem vocação, com todos os escândalos que vinham de consequência.
7. Ela conheceu Paulo, ainda leiga, em Vetralla, durante a missão popular pregada por ele em 1742.
8. Não sabemos se foi ela a pintá-lo ou se o encomendou.
9. L III, p. 514, a sr. Rosa M. Teresa, 8 apr. 1758 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 280; p. 664).
10. O papa Pio XII tinha sempre, na mesa do seu escritório, uma imagem do Menino Jesus adormecido na cruz, uma pequena escultura de cera de cerca vinte centímetros.
11. Nessa orientação, ajudando a mulher a dar um sentido novo à doença e ao sofrimento, Paulo antecipa os autores da Psicologia Humanista. A psicologia humanista é um ramo da psicologia e, em particular, da psicoterapia. Surgiu no meio do século XX e é considerada como a terceira via, ao lado da psicanálise e da terapia comportamental (behaviorismo). A psicologia humanista (e positiva) considera o ser humano como um todo, e o indivíduo como responsável pela sua vida e pelas suas ações, sendo capaz de encontrar e dar um significado - único e próprio - à sua vida. “O homem se realiza na mesma medida em que se compromete com o significado de sua vida” (Viktor E. Frankl, 1905-1997).
12. Paulo usa de frequente a expressão “descansando in sinu Dei”. Literalmente: “descansando no seio de Deus”, “no seio do Pai”. Cf. Jo 1,18: “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou”.
13. O ‘Papel de Germânia’ era um tipo de papel usado naquela época, de gramatura mais grossa e mais resistente.
14. L III, p. 604, a suor M. Angela Cencelli, 18 dic. 1761. Cf. ib., p. 613, alla stessa, 20 giugno 1763 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, pp. 667-668).
15. É bonita e significativa essa referencia à ‘mãe’. O nosso Fundador teve um ótimo relacionamento com a mãe, não somente a nível físico e humano, mas também a nível espiritual. Reproduziu-se entre eles aquele relacionamento necessário para a formação do homem-Jesus, como foi o relacionamento entre Nossa Senhora e o seu Menino (Cf.: H. U. von Balthasar, Le persone del dramma: l’uomo in Cristo. Volume três de Teodrammatica, Jaka Book, Milão 1983, 165), (ADOLFO LIPPI, São Paulo da Cruz. Evangelizador e místico. Mestre de santidade para hoje, Edições Passionistas, Santa Maria da Feira, Portugal, 2015, p. 21).
16. Santa Teresa do Menino Jesus também dizia: “se abandone a Deus como uma criança nos braços do pai”.
17. P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 665.
18. Teresa Danei, PA 115v; G. Sisti, POV 45 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. I, p. 104).
19. “Toda a vida de Jesus foi toda cruz, é o mesmo Jesus o revelou a santa Catarina de Bolonha”, escreve à ir. C. G. Gandolfi, em 24 de dezembro de 1754 (L II, p. 468. Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 688).
20. Paulo teve várias visões do Menino Jesus. “Quem não viu as imagens de Paulo abraçado por Jesus que desprega as mãos da cruz, ou abençoado com a imposição das mãos de Maria e do seu Filho, o Menino Jesus? Segundo uma testemunha, Paulo teria dito que a Santíssima Vigem lhe apareceu, a ele e a João Batista, como uma grande senhora, e os teria salvado do perigo de se afogarem no rio Tanaro, quando ainda eram crianças” (I processi di beatificazione e canonizzazione di S. Paolo della Croce, ao cuidado do P. Caetano de Nossa Senhora das Dores, Vol. III, p. 48).
“Em Roma, na sacristia dos Santos João e Paulo, Rosa Calabresi ouve distintamente Nossa Senhora que chama: «Paulo, Paulo». Vê-a em figura de uma rainha no trono com o Filho nos braços. A Virgem garante a Paulo a graça da sua salvação. Depois, exorta-o: «Acredita em tudo o que te diz esta minha serva; fica sossegado, porque a congregação caminha muito bem, expandir-se-á, e o teu modo de agir é muito agradável a Deus». Também o Menino Jesus fala a Paulo; os dois impõem as mãos aos videntes e falam da próxima viagem de Paulo para a eternidade, dizendo-lhe que isso aconteceria no mês de Outubro. A cena termina com a bênção dada aos videntes pela Mãe e pelo Menino” (Ibid. 152). Cf.: ADOLFO LIPPI, São Paulo da Cruz, cit., pp. 288-289.
21. Cfr. Dsp. 24-29 Die, p. 79 s.
22. Ib. 24 die, p. 79.
23. Lt II, p. 130, al p. Fugenzio, 19 dic. 1747. Cf. também: Lt II, p. 820, a don G. A. Lucattini, 16 dic. 1751; Lt II, p. 468, 24 dic. 1754.
24. L IV, 150 (A M. M. Maddalena della Croce, 24-12-1774).
25. Paulo a chama de “Benfeitora e mãe da Congregação” (Cf.: Lettera n. 584, do 17 de dezembro de 1763).
26. L II, p. 35, a Maria Giovanna Venturi, 24 dic. 1761 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 547).
27. L II, p. 36, a Maria Giovanna Venturi, 17 dic. 1763 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 547).
28. P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 668.
29. L IV, p. 105 sg, al p. Giacinto della SS. Trinità, 20 dic. 1768 (Cf.: P. ENRICO ZOFFOLI C.P., S. Paolo della Croce, Storia critica, vol. III, p. 689).